segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Concreto, vidro e madeira protagonizam a construção de casa em BH

A presença do concreto aparente, dosada com materiais como vidro, travertino e madeira, define esta casa em Belo Horizonte, erguida no terreno de apenas 15 x 30 m.
Há quem diga que um dos maiores desafios do arquiteto é projetar e construir a própria moradia. Imagine então tal expectativa em dose dupla: o casal de proprietários desta casa compartilha a mesma profissão. “Tudo aconteceu tranquilamente porque tínhamos o programa muito bem definido desde o início”, revela Tomás Anastasia Rebelo Horta, marido e sócio de Johanna Anastasia Cardoso. “Nossos filhos, de 7 e de 3 anos, mereciam um lugar ao ar livre para brincar. Por isso, começamos a desenhar a planta pela área externa”, explica. Para aproveitar bem o terreno de 15 x 30 m, a construção de 370 m2 está encostada nas laterais do lote (de acordo com as normas da prefeitura) e próxima da rua. Sem corredores nem paredes excessivas, os ambientes internos se misturam aos externos para aumentar a sensação de amplitude, reforçada pela projeção de uma laje em balanço (sem pilares) e pelos vãos livres. Grandes portas pivotantes e de correr nas fachadas frontal e dos fundos espalham luz e ventilação por todos os cantos. A luminosidade natural também vem dos painéis de vidro que fecham boa parte da casa.
Mais do que garantir ambientes fluidos e espaçosos, os arquitetos incluíram algumas medidas sustentáveis no projeto. Ao construir uma moradia compacta, considerando-se o tamanho do terreno, eles conseguiram manter 40% de área permeável e aumentaram a drenagem da chuva. Na cobertura, coletores solares aquecem a água da piscina e dos banheiros. Outra preocupação constante foi cumprir o orçamento sem interferir na qualidade dos materiais e da execução. “O gasto com acabamentos a gente até consegue mudar. Comparamos preços e optamos pelos produtos de melhor custo/benefício”, explica o morador. Já no quesito mão de obra, segundo ele, não valeria a pena economizar. “Inicialmente, pensamos em tocar a empreitada nós mesmos, mas contratamos uma construtora, pois é mais fácil cobrar os serviços de uma única empresa”, completa. Com tantos olhos checando a execução, não houve contratempos. Após um ano de obra estava tudo pronto para receber os amigos: “Somos festeiros. E, como a casa fica pertinho do centro da cidade, todo mundo dá sempre uma passadinha por aqui”.
  • A fachada evidencia um dos trechos com painéis de vidro. No muro, textura acrílica Face-Color. Portão de alumínio da Alumafer. Esta casa venceu em 2011 o prêmio O Melhor da Arquitetura, de A&C, na categoria Residencial Cidade.
  • Não há hall de entrada: pivotantes, as quatro portas de peroba-do-campo (2,70 x 1,75 m cada uma, da Eustáquio Marcenaria) dão diretamente na sala. No segundo andar, sobressaem os painéis de vidro duplo Profilit (Pilkington). Estruturados por dentro com perfis de alumínio, em forma de U, criam uma superfície translúcida com isolamento térmico graças à camada de ar que há entre eles.
  • O mesmo piso de travertino (Muralha Mármores e Granitos) que reveste as salas continua na parte externa. Além deste acabamento claro e dos grandes vãos das portas, outros recursos trazem claridade: caso do pé-direito duplo de 4,20 m iluminado pelos painéis de vidro e da pérgula de concreto, também envidraçada.
  • Para diluir o limite entre as áreas internas e externas, a laje sobre a varanda foi projetada em balanço, ou seja, não existem pilares sustentando a viga de 10,50 m de extensão. Eleita pelos arquitetos, a estrutura de concreto se mostrou cerca de 20% mais barata que a metálica.

  • Com piso de pedriscos e cobertura de vidro, o jardim traz um pouco de verde para dentro dos ambientes. As espécies escolhidas foram palmeira pinanga e forração de clívia. Elas se dão bem em lugares fechados, pois adoram a luminosidade filtrada.



  • A estrutura de concreto permitiu os grandes vãos desejados pelos donos, caso do pé-direito duplo da sala. Esse material reaparece na parede, servindo de fechamento e revestimento. “Feitos in loco, os painéis de concreto usaram fôrmas de madeira com 10 cm de altura”, diz Tomás.

  • O closet serve de caminho para chegar aos banheiros – há dois, um de cada lado da bancada de mármore carrara. “Quando levanto mais cedo, posso acender a luz sem acordar a Johanna”, diz Tomás. Armários de MDF com acabamento gofrato (Art Star Marcenaria) e espelho do Mundo dos Vidros.

  • No piso da sala de TV e dos quartos, tábua corrida de ipê (Madepal). “Ela vem pronta para instalar, não requer verniz nem barrote. Basta colar sobre o contrapiso”, revela Tomás. O guarda-corpo, feito com vidros temperados de 12 mm, foi encaixado num perfil de inox embutido na viga.


  • Após a sondagem do terreno, descobriram-se o solo alagadiço e a necessidade de fundação profunda (estacas de 15 a 18 m). o lote ficava 1,50 m abaixo do nível da rua e a criação de um aterro igualou os planos. “além de evitarmos desníveis, reduzimos o contato com a umidade do solo”, diz tomás. Poucas paredes compuseram a planta. no térreo, só há divisões entre garagem, salas e lavanderia. as portas, nos fundos, se abrem para unir tudo. no superior, um banheiro atende a dois quartos, já o closet do casal serve de passagem para a área da bancada. O lote de 450 m² acomoda a casa próxima da rua e a área de lazer nos fundos. Área: 370 m² Ano do projeto: 2009 Conclusão da obra: 2011 Projeto: Anastasia Arquitetos Cálculo estrutural: Alexandre Caran Projeto luminotécnico: La Lampe Execução: FC Construções Paisagismo: Junia Lobo.
Fonte: Casa.com.br

2 comentários:

LINDO !!!!!!!!!!!!!!
PARAB´NES PELO BOM GOSTO DE VCS..........
MORO EM CAMPO GRANDE/MS E PRETENDO FAZER ALGO PARECIDO
TERIA COMO ME INFORMAR O GASTO COM A OBRA?
aTT.,
ANDRÉ LUIZ KRAWIEC PREARO

Lindo !!!!!!!!!!!!!!!!!
Moro em Campo Grande/MS e pretendo fazer algo parecido.Teria como me informar o gasto total com a obra?
Att.,
André Luiz Krawiec Prearo

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